25 setembro 2005

Suites Orquestrais

De um modo conciso, poder-se-á dizer que uma suite é uma peça musical composta por vários andamentos de dança, típica do período barroco. Podemos encontrar a forma original da suite em livros de tablatura alemães e franceses do Séc.XVI. Estes incluem, habitualmente, a seguinte sequência de danças: passamezzo, saltarello, pavane, gagliarde ou pavane, gagliarde, allemande e courante. No Séc. XVII era costume formar grupos de danças do mesmo tipo. Deste modo, a peça podia ser constituída por várias pavanes, várias gagliardes, etc.
A partir de meados do Séc. XVII a ordem mais habitual tornou-se a seguinte: allemande, courante, sarabande e gigue. Entre a sarabande e a gigue eram por vezes introduzidos intermezzi tais como: minuetto, gavotte e bourrée. Outra novidade consistiu no aparecimento de um prelúdio no início da suite.
A suite para orquestra teve o seu auge no Séc. XVII na ópera e no ballet. Entre os compositores mais importantes de suite deste século, destacam-se Allegri em Itália, J.B.Lully e J.P.Rameau em França e M.Praetorius na Alemanha.
J.S.Bach elevou o género suite ao seu expoente máximo, não só através das suas célebres suites orquestrais BWV 1066-1069, mas também através das suas suites francesas e inglesas e das suas 6 suites para violoncelo.

J.S. Bach (1685-1750) com três dos seus filhos

Carregue no botão abaixo para ouvir a aria da Suite nº3 em Ré, BWV 1068 de Bach, que é composta pelas seguintes partes: ouverture, aria, gavotte, bourrée e gigue.

Nos botões abaixo, poderão ouvir, respectivamente, o minuetto e a badinerie da Suite nº2 em Si menor, BWV 1067 que é composta pelas seguintes partes: ouverture, rondeau, sarabande, bourrée, polonaise, minuetto e badinerie.

Todos os exemplos musicais são interpretados pela orquestra The English Concert dirigida pelo maestro Trevor Pinnock e foram cedidos pela Mi.


Minuetto


Badinerie
Juntamente com o Concerto Grosso, a suite permaneceu durante muito tempo a forma dominante de música orquestral, especialmente na Alemanha. Só em finais do Séc.XVIII esta forma foi substituída pela sinfonia.

8 Comments:

Blogger andorinha said...

Olá Pamina e Viktor,

Só para vos deixar um beijinho.
Amanhã venho ler e ouvir com mais tempo.:)

26/9/05 00:14  
Anonymous Anónimo said...

Olá Viktor

Posso refilar um bocadinho?

1. Então o Bach teve tanto trabalhinho a fazer aqueles filhos todos e agora só nos mostra 3? Não podendo ser os 20...pelo menos aquela versão fake idealizada pelos pintores do séc. XIX!

2. E o Lully? Ali, assim, no meio dos outros... como se não fosse o grande responsável por as suites orquestrais terem dado no que deram? Não merecia pelo menos 3 linhinhas, um sublinhado, uma nota de rodapé que fosse?

E, refilices à parte, também acho tudo excelente :)

27/9/05 17:53  
Blogger naoseiquenome usar said...

Venho deixar um beijo à Pamina que visitou o meu incipiente blog.
... este mundo virtual é tão pequeno quanto o mundo real! Então sois da Pocariça? ... eu sou de Fornos-Cadima...
Enfim.

28/9/05 15:42  
Blogger Mitsou said...

Mais uns momentos de puro deleite. Estava a precisar, com este stress todo :(
Beijinhos muitos!

29/9/05 01:38  
Blogger Pamina said...

Stillforty,
Obrigada.
Um beijinho também para ti.

Andorinha,
És sempre bem aparecida.
Beijinhos.

Mitsou,
Vem sempre que te apetecer relaxar um pouco. Bom progresso do tijolo.
Muitos beijinhos.

29/9/05 17:08  
Blogger Pamina said...

Nãoseiquenomeusar,

Obrigada pela tua 1ª visitinha.
Não somos da Pocariça, mas conhecemos bem a zona de Cantanhede e temos um carinho muito especial pela Pocariça por ser a terra natal do compositor António Fragoso.
Não sei se conheces o Henrique Dória (odisseus.blogs.sapo.pt) que esteve no jantar do Murcon. Ele também é de uma vila perto da Pocariça.

Beijinhos.

29/9/05 17:18  
Blogger viktor said...

Olá Mi,

Refile sempre que quiser :)

Quanto a Bach & filhos, é possível que seja o tema de um dos próximos posts.

Apesar da sua importância, Lully tem sido sucessivamente esquecido. Até há quem não dê qualquer valor ao barroco francês o que não é a minha opinião.

Um abraço.

29/9/05 17:28  
Anonymous Anónimo said...

Uns ingratos... esses que se esquecem do Lully e não dão valor à música barroca francesa!

Cá fico à espera dos talentosos filhos do Bach :)

30/9/05 01:33  

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