E agora vamos pr'a banhos!
VENHAM ATÉ AQUI SEMPRE QUE VOS APETECER OUVIR UMA DAS NOSSAS MÚSICAS:)
Dance me to the end of love
Int. por Madeleine Peyroux
Ging Heut Morgen übers Feld
Lied de G. Mahler int. por Thomas Quasthoff
De quem dá
Mafalda Arnauth
Dance me to the end of love
Int. por Madeleine Peyroux
Ging Heut Morgen übers Feld
Lied de G. Mahler int. por Thomas Quasthoff
De quem dá
Mafalda Arnauth
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ODE À MÚSICA
(POEMA DE DAVID MOURÃO-FERREIRA - 1980)
I
É como se tivesses mãos ou garras
milhões de dedos braços infinitos
É como se tivesses também asas
libertas do minério dos sentidos
É como se nos píncaros pairasses
quando nas nossas veias é que vives
É como se te abrisses — ó terraço
rodeado de abutres e raízes —
sobre o perene pânico dos astros
sobre a constante insónia dos abismos
E é como se te abrisses e fechasses
sobre a antepalavra do Espírito
É como se morresses quando nasces
É como se nascesses quando expiras
II
Ó claridade Ó vaga Ó luz Ó vento
que no sangue desvendas labirintos
Ó varanda no mar sempre Setembro
Ó dourada manhã sempre Domingo
Ó sereia nas dunas irrompendo
com as dunas e o mar se confundindo
Ó corpo de desperta adolescente
já no centro de incógnitos caminhos
que por fora te aceitas e por dentro
pões em dúvida o sol do teu fascínio
Ó dúvida que avanças mas por entre
volutas de pavor que vais cingindo
Ó altas labaredas Ó incêndio
Ó Musa a renascer das próprias cinzas
III
Só tu a cada instante nos declaras
que renegas a voz de quem divide
Que a única verdade é haver almas
terrível impostura haver países
Que tanto tens das aves o desgarre
como o expectante frémito do tigre
tanto o céu indiviso que há nas águas
quanto o múltiplo fogo que há no trigo
Que és igual e diversa em toda a parte
Que és do próprio Universo o que o sublima
Que nasces que te apagas que renasces
em procura da límpida medida
Que reges o mais puro e o mais alto
do que Deus concedeu às nossas vidas
É como se tivesses mãos ou garras
milhões de dedos braços infinitos
É como se tivesses também asas
libertas do minério dos sentidos
É como se nos píncaros pairasses
quando nas nossas veias é que vives
É como se te abrisses — ó terraço
rodeado de abutres e raízes —
sobre o perene pânico dos astros
sobre a constante insónia dos abismos
E é como se te abrisses e fechasses
sobre a antepalavra do Espírito
É como se morresses quando nasces
É como se nascesses quando expiras
II
Ó claridade Ó vaga Ó luz Ó vento
que no sangue desvendas labirintos
Ó varanda no mar sempre Setembro
Ó dourada manhã sempre Domingo
Ó sereia nas dunas irrompendo
com as dunas e o mar se confundindo
Ó corpo de desperta adolescente
já no centro de incógnitos caminhos
que por fora te aceitas e por dentro
pões em dúvida o sol do teu fascínio
Ó dúvida que avanças mas por entre
volutas de pavor que vais cingindo
Ó altas labaredas Ó incêndio
Ó Musa a renascer das próprias cinzas
III
Só tu a cada instante nos declaras
que renegas a voz de quem divide
Que a única verdade é haver almas
terrível impostura haver países
Que tanto tens das aves o desgarre
como o expectante frémito do tigre
tanto o céu indiviso que há nas águas
quanto o múltiplo fogo que há no trigo
Que és igual e diversa em toda a parte
Que és do próprio Universo o que o sublima
Que nasces que te apagas que renasces
em procura da límpida medida
Que reges o mais puro e o mais alto
do que Deus concedeu às nossas vidas
15 Comments:
Bons banhos:) beijos
Boas férias para os dois.
Que a água esteja quentinha....
Beijinhos.:)
Até Setembro!
Boas férias, que sejam muito divertidas.
Um abraço ;)
Toca a curtir!! - beijo, IO.
Banhai-vos! Mas não em demasia.
Watch for the mould and seaweed.
Bjokas.
Boas férias e obrigada por nos terem deixado a chave debaixo do tapete para ouvirmos BonaMusica. Beijos doces, lindos!
Gosto muito d!o quadro.
Boas férias
Obrigada a todos pela visita. Os banhos continuam, embora um bocadito ventosos por estas bandas. Voltem sempre.
Um beijinho meu e um abraço do Viktor.
Boas férias e divirtam-se bastante.
beijinhos
Boa surpresa, o teu bolg.Para além do teu nome, Pamina, ouvir a música de António Lima Fragoso para mim, que sou natural de uma aldeia que dista três quilómetros da casa onde ele nasceu, e que sempre que passo em frente dessa casa olho o seu busto com emoção, para mim torna este blog visita obrigatória e reconhecida.Um abraço.
Para ti também.
Stillforty e demais visitantes,
Estamos a pensar a voltar ao activo no princípio de Setembro. Até lá vamos deixar um magnífico poema de David Mourão-Ferreira sobre a música.
Mais uma vez obrigada pelas vossas visitas e beijinhos para todos.
Cheguei ao vosso blog pela mão do Murcon… e em boa hora o fiz! Muito interessante! Prometo voltar!
E pronto, Setembro está à porta e acabaram os banhos...agora toca a trabalhar!!!Beijinhos aos dois.
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