Einzug der Götter in Walhall (Entrada dos deuses no Valhala) da ópera Das Rheingold de Wagner
A propósito da divulgação de mais um espectáculo musical, desta vez a exibição da ópera Das Rheingold de Wagner, no Teatro Nacional de S. Carlos em Lisboa, resolvemos falar-vos sobre aquele compositor e sobre o ciclo de óperas ao qual Das Rheingold pertence.
Como sabem, R. Wagner foi um importante compositor alemão do período do romantismo que introduziu na ópera o conceito de leitmotif, ou seja, a associação de uma determinada melodia/harmonia a uma/várias personagens.
Poderão ler aqui, mais informações acerca da vida e obra de Wagner e aqui acerca de Bayreuth, um teatro especialmente concebido por Wagner, onde anualmente se realiza um importante festival de ópera.
Estão a ouvir Einzug der Götter in Walhall (Entrada dos deuses no Valhalla), um quadro da 4ª cena da ópera Das Rheingold. Como já referimos, ela faz parte de um grupo de 4 óperas, geralmente denominadas como A Tetralogia ou O Anel dos Nibelungos e que inclui as seguintes óperas, por ordem cronológica do enredo: Das Rheingold (O Ouro do Reno), Die Walküre (As Valquírias), Siegfried e Götterdämmerung (O Crepúsculo dos Deuses).
É a primeira destas óperas, Das Rheingold, que o Teatro Nacional de S.Carlos vai apresentar nos próximos dias 28, 29 e 30 de Maio e 1,2,3 e 4 de Junho.
Poderão ler aqui mais detalhes acerca desta ópera e do seu enredo.
Um post sobre Wagner, nomeadamente um post que inclua a peça que têm estado a ouvir, é muito adequado para falarmos acerca de dois naipes da orquestra: os sopros de madeira e os sopros de metal. Com efeito, na música deste compositor os sopros possuem uma importância fundamental. Wagner inventou mesmo um novo instrumento destinado às suas óperas, o qual é normalmente conhecido por tuba wagneriana.
De uma orquestra sinfónica ou filarmónica fazem parte os seguintes instrumentos destes naipes:
Sopros de madeira (do mais agudo para o mais grave)
Flautim, Flauta transversal, Oboé, Clarinete, Corne Inglês, Fagote e Contra Fagote.
Sopros de metal (do mais agudo para o mais grave)
Trompete, Trompa, Trombone e Tuba.
No início da peça, são muito fáceis de reconhecer os sopros de metal. Mais ou menos a meio, surgem os sopros de madeira que predominam durante algum tempo, até ao regresso dos metais, em fortíssimo, que a concluem.
Este tipo de peças caracteriza-se por ser construído da seguinte maneira: dois terços da peça correspondem a uma preparação para o auge e o terço final constitui o auge e o respectivo declínio. Esta estrutura, a chamada regra de ouro, basea-se no modelo matemático de Fibonacci que tem sido muito falado ultimamente, a propósito do livro e do filme O Código da Vinci.