30 maio 2006

The Young Person's Guide to the Orchestra

Estão a ouvir um excerto da peça The Young Person's Guide to the Orchestra do compositor inglês Benjamin Britten, composta sobre um tema do seu compatriota Henry Purcell. Com efeito, na sequência do último post, lembrámo-nos de que seria interessante continuar a observar os vários naipes da orquestra sinfónica e os respectivos instrumentos.

Imagem retirada do manual de Educação Musical 100% Música 5ºAno.


Como podem ver pela gravura acima, há 4 naipes de orquestra: cordas (em fundo amarelo), sopros de madeira (em fundo verde), sopros de metal (em fundo azul) e percussão (em fundo castanho). Indicaremos agora os instrumentos que compõem normalmente os vários naipes e o seu número habitual (referente a uma orquestra sinfónica actual). Para voltar a ouvir a secção correspondente a cada naipe, clique no botão respectivo.

Cordas:
Violino -20 (10 primeiros violinos e 10 segundos violinos)
Viola de Arco - 8
Violoncelo - 6
Contrabaixo - 3 a 4
Harpa - 1 a 2

Sopros de Madeira:
Flauta Transversal - 2
Oboé - 2
Clarinete - 2
Fagote - 2

Sopros de Metal:
Trompete - 2
Trompa - 2 a 4
Trombone - 2 a 3
Tuba - 1 a 2

Percussão:
Timbale - 2
Pratos - 2
Caixa de Rufo - 1
Bombo - 1

Devido à crise económica, espera-se que o número de instrumentos, das cerca de uma dezena de orquestras existentes em Portugal, seja drasticamente reduzido. Poderá saber mais informações acerca das futuras mini-orquestras no blog A Flauta de Pã :))). Para ver esse post, por favor, clique aqui.

23 maio 2006

Das Rheingold


Einzug der Götter in Walhall (Entrada dos deuses no Valhala) da ópera Das Rheingold de Wagner

A propósito da divulgação de mais um espectáculo musical, desta vez a exibição da ópera Das Rheingold de Wagner, no Teatro Nacional de S. Carlos em Lisboa, resolvemos falar-vos sobre aquele compositor e sobre o ciclo de óperas ao qual Das Rheingold pertence.
Como sabem, R. Wagner foi um importante compositor alemão do período do romantismo que introduziu na ópera o conceito de leitmotif, ou seja, a associação de uma determinada melodia/harmonia a uma/várias personagens.

Poderão ler aqui, mais informações acerca da vida e obra de Wagner e aqui acerca de Bayreuth, um teatro especialmente concebido por Wagner, onde anualmente se realiza um importante festival de ópera.

Estão a ouvir Einzug der Götter in Walhall (Entrada dos deuses no Valhalla), um quadro da 4ª cena da ópera Das Rheingold. Como já referimos, ela faz parte de um grupo de 4 óperas, geralmente denominadas como A Tetralogia ou O Anel dos Nibelungos e que inclui as seguintes óperas, por ordem cronológica do enredo: Das Rheingold (O Ouro do Reno), Die Walküre (As Valquírias), Siegfried e Götterdämmerung (O Crepúsculo dos Deuses).

É a primeira destas óperas, Das Rheingold, que o Teatro Nacional de S.Carlos vai apresentar nos próximos dias 28, 29 e 30 de Maio e 1,2,3 e 4 de Junho.
Poderão ler aqui mais detalhes acerca desta ópera e do seu enredo.

Um post sobre Wagner, nomeadamente um post que inclua a peça que têm estado a ouvir, é muito adequado para falarmos acerca de dois naipes da orquestra: os sopros de madeira e os sopros de metal. Com efeito, na música deste compositor os sopros possuem uma importância fundamental. Wagner inventou mesmo um novo instrumento destinado às suas óperas, o qual é normalmente conhecido por tuba wagneriana.

De uma orquestra sinfónica ou filarmónica fazem parte os seguintes instrumentos destes naipes:

Sopros de madeira (do mais agudo para o mais grave)
Flautim, Flauta transversal, Oboé, Clarinete, Corne Inglês, Fagote e Contra Fagote.

Sopros de metal (do mais agudo para o mais grave)
Trompete, Trompa, Trombone e Tuba.

No início da peça, são muito fáceis de reconhecer os sopros de metal. Mais ou menos a meio, surgem os sopros de madeira que predominam durante algum tempo, até ao regresso dos metais, em fortíssimo, que a concluem.
Este tipo de peças caracteriza-se por ser construído da seguinte maneira: dois terços da peça correspondem a uma preparação para o auge e o terço final constitui o auge e o respectivo declínio. Esta estrutura, a chamada regra de ouro, basea-se no modelo matemático de Fibonacci que tem sido muito falado ultimamente, a propósito do livro e do filme O Código da Vinci.

17 maio 2006

Mais dos 12 magníficos ! :)

No post do dia 25 de Outubro de 2005, já vos apresentámos este grupo constituído por 12 violoncelistas da Orquestra Filarmónica de Berlim. O grupo interpreta vários géneros musicais, inclusive músicas de filmes, conforme puderam ouvir no outro post. Deste mesmo ciclo, trazemos hoje mais dois temas. No segundo deles, os violoncelos são acompanhados pelo trompetista Till Brönner.

Basic Instinct 2 - dispensa apresentações:)

Para visualizar este vídeo, deverá utilizar o Internet Explorer e ter o Windows Media Player versão 9 (ou superior) instalado.




Round Midnight - Filme de Bertrand Tavernier

Temos ainda mais gravações deste espectáculo, com temas de filmes como A Estrada ou O Padrinho, que tencionamos colocar regularmente.
Esperamos que fiquem tão entusiasmados quanto nós com as potencialidades deste maravilhoso instrumento:).

09 maio 2006

Vai um Shostakovich? :)


(Para ouvir outra vez, carregar neste botão)
Valsa das Seis Peças Infantis op.69

Celebra-se este ano o centenário do nascimento dos compositores Fernando Lopes Graça e Dmitri Shostakovich. Para assinalar esta efeméride, realiza-se no próximo sábado, 13 de Maio, na Casa da Música no Porto um concerto pela Orquestra Gulbenkian, onde serão interpretadas obras destes dois compositores. Sobre Lopes-Graça falámos já no penúltimo post, iremos assim dedicar o post desta semana a Dmitri Shostakovich.

Estão a ouvir uma peça para piano que faz parte de ciclo de seis pequenos trechos didácticos, compostos entre 1944 e 1945. Já que estamos em maré de efemérides, podemos referir que esta valsa foi a peça que o pianista membro deste blog tocou na sua primeira audição no Salão Nobre da Academia de Amadores de Música em Lisboa, tornando aqui a reincidir... anos depois :))))))

Dmitri Shostakovich (1906-1975), acerca de cuja vida e obra poderão ler aqui, foi um importante compositor russo que se caracteriza por uma grande versatilidade, tendo composto desde música de filmes a concertos e sinfonias.
Seguidamente, poderão ouvir no botão abaixo a conhecida obra Abertura Festiva op.96, composta por Shostakovich em 1954. Trata-se de uma peça para orquestra imponente e triunfal, adequada à data que pretende celebrar, ou seja, os 37 anos da revolução de Outubro. Poderão ler aqui mais informações acerca desta obra.


Esperamos que, pelo menos os melómanos nortenhos, tenham a oportunidade de assistir a este concerto. :)
Para ver pormenores e adquirir bilhetes através da Internet, clique
aqui.

02 maio 2006

La Zarzuela!

Teresa Berganza

A Zarzuela, surgida no Séc.XVII e representada na corte do rei Filipe IV, no palácio homónimo, é um género musical tipicamente espanhol, semelhante à opereta. Geralmente, trata-se de uma obra em 1 ou 2 actos, de carácter satírico, cujo libretto era em grande parte improvisado. A Zarzuela teve o seu período áureo nos Sécs. XVII e XVIII, após o que caiu em desuso, tendo-se perdido muitas obras. No Séc. XIX, deu-se um renascimento deste género, com compositores como, por exemplo, Isaac Albéniz (1860-1909).

Sobre a história da Zarzuela poderão ler mais aqui.

La Revoltosa de Ruperto Chapí
Têm estado a ouvir a ária Cuando clava mi moreno da Zarzuela La Revoltosa, numa interpretação de Teresa Berganza.
Encontra-se abaixo informação vária sobre esta Zarzuela, estreada em Madrid em 1897, inclusive a sinopse completa.

(Para ouvir outra vez, carregar neste botão)

A sinopse está aqui.
(Quando abrirem esta página, reparem numa pequena foto à esquerda, onde se podem ver os pais do famoso cantor Placido Domingo).

A letra da referida ária Cuando clava mi moreno está aqui. Esta ária é cantada por Soledad, acompanhada pelas vozes e palmas do coro, que funcionam como uma espécie de leitmotiv desta personagem.

Seguidamente, poderão ver o dueto Por qué de mis ojos, cantado pelas personagens Mari-Pepe e Felipe e que na Zarzuela se segue à ária anterior.
A letra deste dueto está aqui.

Para visualizar este vídeo, deverá utilizar o Internet Explorer e ter o Windows Media Player versão 9 (ou superior) instalado.


Maria José Moreno - Soprano
José Julián Frontal - Barítono
Orquesta Sinfónica de Galicia sob a direcção de Victor Pablo Pérez

E toca a cantar, olé! :))